segunda-feira, 30 de maio de 2022

 

A CRISE NA SANTA IGREJA: UMA LEITURA POSSÍVEL

A Santa Igreja Católica passa por uma crise interna muito grave que o Santo Padre Paulo VI já identificava no período imediato após o Concilio Vaticano II.

“Referindo-se à situação da Igreja de hoje, o Santo Padre (Paulo VI) afirma ter a sensação de que ‘por alguma fissura tenha entrado a fumaça de Satanás no templo de Deus’. (...)  “Também na Igreja reina este estado de incerteza. Acreditava-se que, depois do Concílio, viria um dia ensolarado para a História da Igreja. Veio, pelo contrário, um dia cheio de nuvens, de tempestade, de escuridão, de indagação, de incerteza. Pregamos o ecumenismo, e nos afastamos sempre mais uns dos outros. Procuramos cavar abismos em vez de soterrá-los”. Depoimento de Paulo VI na Alocução “Resistite fortes in fide”, de 29 de junho de 1972.

“A Igreja atravessa hoje um momento de inquietação. Alguns praticam a autocrítica, dir-se-ia até a autodemolição. É como uma perturbação interior, aguda e complexa, que ninguém teria esperado depois do Concílio”. Alocução de Paulo VI aos alunos do Seminário Lombardo, no dia 7 de dezembro de 1968.

Portanto os efeitos do Concilio Vaticano II causa perplexidade ao Papa Paulo VI já em seu nascedouro.

 O Concílio (Vaticano II) não devia, em primeiro lugar, condenar os erros da época, mas sobretudo empenhar-se por mostrar serenamente a força e a beleza da doutrina da fé.” Constituição Apostólica do Sumo Pontífice João Paulo II Fidei Depositum para a publicação do Catecismo da Igreja Católica de 11/10/1992 aos 30 anos de abertura do Concilio Vaticano II.

Passados 60 anos, como interpretar os efeitos do Concilio? De fato os erros continuam não sendo condenados pela Igreja. A “beleza da doutrina da fé” continua nas prateleiras, não saiu fortalecida. O número de Católicos no Brasil em 1960 era de 94% e hoje está próximo de 50% (esperamos o senso 2022). Entretanto os católicos que se esforçam para se manter fieis à “beleza da doutrina da fé”, assistem ao “erro não sendo perseguido” mas eles são desencorajados e até perseguidos conforme se deduz do teor da  Carta Apostólica emitida "Motu Proprio" pelo Sumo Pontífice Francisco, «Traditionis Custodes» no ponto preciso:Art. 3. O bispo da diocese em que até agora existe um ou mais grupos que celebram de acordo com o Missal antecedente à reforma de 1970: § 5. Proceder adequadamente à verificação da eficácia das paróquias canonicamente erigidas em benefício desses fiéis, para o seu crescimento espiritual, e determinar a sua manutenção ou não”. Como não existe versão em Portugues deste Motu Proprio no site do Vaticano, apresentamos uma segunda tradução: §5. Proceda, nas paróquias pessoais erigidas canonicamente em benefício destes fiéis, a uma conveniente avaliação da sua efetiva utilidade para o crescimento espiritual e avalie a sua manutenção ou não.

EM OUTROS TERMOS, AS ADMINISTRAÇÕES APOSTÓLICAS PESSOAIS TAMBÉM PODEM SER MANTIDAS OU NÃO, DE ACORDO COM AVALIAÇÃO DO BISPO DA DIOCESE (E NÃO O BISPO DA ADMINISTRAÇÃO, POIS O PODER É CUMULATIVO).

Resta-nos aguardar se vai ou não haver alguma forma de Resistência, semelhante ao modo como São Paulo resistiu a São Pedro (Gal. II, 11), caso os católicos de alguma Administração Apostólica Pessoal venham a perder o privilégio concedido na SUMMORUM PONTIFICUM. Santo Tomás de Aquino trata do episódio da Resistencia de São Paulo em muitas de suas obras. Em primeiro lugar, ele observa que “o Apóstolo se opôs a Pedro no exercício da autoridade e não à sua autoridade de governo” (Super Epistolam ad Galatas lectura, n. 77, tr. It. ESD, Bologna 2006). Paulo reconhecia em Pedro o Chefe da Igreja, mas julgava legítimo lhe resistir, dada a gravidade do problema, que tocava a salvação das almas. “O modo como se deu a repreensão foi conveniente, pois foi público e manifesto” (Super Epistolam aos Galatas, n. 84). Cfr em https://www.abim.inf.br/quando-a-correcao-publica-e-urgente-e-necessaria/  

MODO DE OPERAR DOS INIMIGOS DA IGREJA

Da instrução secreta abaixo, datada de 1819, fizemos um recorte que nos parece esclarecedor e o publicamos. Originariamente foi publicado por Crétineau-Joly no livro LÉglise Romaine et la Revolution, que havia sido entregue ao autor pelo Papa Gregório XVI. “O que devemos pedir, o que devemos procurar e alcançar, assim como os judeus esperam do Messias, é um papa segundo as nossas necessidades”, diz o documento. Vê-se no documento um esforço da alta cúpula da maçonaria italiana de ter presença na hierarquia da Igreja. Isso, em 1819.  

INSTRUÇÃO SECRETA PERMANENTE

Dada aos membros da Grande Loja (Alta Venda).

“Depois que nos estabelecemos como corpo de ação e que a ordem começa a reinar no fundo da Loja mais afastada como no seio daquela mais próxima do centro, existe um pensamento que sempre preocupou profundamente os homens que aspiram à regeneração universal: é o pensamento da libertação da Itália, do qual deve sair, num dia determinado, a libertação do mundo inteiro, a República fraternal e a harmonia da humanidade. Esse pensamento não foi ainda compreendido por nossos irmãos de além-Alpes.(...)

(...)“O trabalho que iremos empreender não é obra nem de um dia, nem de um mês, nem de um ano; pode durar vários anos, talvez um século; mas, nas nossas fileiras o soldado morre e o combate continua. “Não pretendemos ganhar os Papas para a nossa causa, fazê-los neófitos dos nossos princípios, propagadores das nossas idéias. Seria um sonho ridículo; e seja como for que andem os acontecimentos, que cardeais ou prelados, por exemplo, entrem espontaneamente ou por surpresa numa parte dos nossos segredos, não seria isto motivo para desejar a ascensão deles à Sé de Pedro. Essa ascensão nos poria a perder. A simples ambição conduzi-los-ia à apostasia: as necessidades do poder força-los-iam a nos imolar. O que devemos pedir, o que devemos procurar e alcançar, assim como os judeus esperam do Messias, é um papa segundo as nossas necessidades. Alexandre VI, com todos os seus crimes privados, não nos conviria, porque jamais errou nas matérias religiosas. Um Clemente XIV, ao contrário, seria o que nos convém da cabeça aos pés. Bórgia era um libertino, um verdadeiro sensualista do século XVIII perdido no século XV. Foi anatematizado, apesar dos seus vícios, por todos os vícios da filosofia e da incredulidade, e deve esse anátema ao vigor com que defendeu a Igreja. Ganganelli entregou-se de mãos e pés atados aos ministros dos Bourbons que lhe metiam medo, aos incrédulos que celebravam sua tolerância, e Ganganelli tornou-se um grande Papa. É mais ou menos nessas condições que precisaríamos de um, se ainda for possível. Com isto caminharemos mais seguramente ao assalto da Igreja do que com os panfletos dos nossos irmãos da França ou mesmo com o ouro da Inglaterra. Quereis saber a razão disso? É que para isso, para quebrar o rochedo sobre o qual Deus construiu sua Igreja, não mais temos necessidade de vinagre anibalino, não temos mais necessidade de pólvora para canhão, não temos mais necessidade nem mesmo dos nossos braços. Temos o dedo mindinho do sucessor de Pedro comprometido com a conspiração, e esse mindinho vale para essa cruzada por todos os Urbanos II e todos os São Bernardo da Cristandade”. Cfr DELASSUS, Monsenhor Henri. A Conjuração Anticristã. Documentos Relativos à Alta Venda. 2ª Edição. Castela Editorial, 2016. p. 590.

O livro descreve, entre outras coisas, uma superposição de Grupos secretos dentro da Sociedade Secreta. Uma série de decisões secretas são tomadas e dentro da mesma sociedade essas decisões são desconhecidas. “Foi então que surgiu, do seio da Franco-Maçonaria, uma outra sociedade mais secreta, com juramentos mais terríveis e sanções fatais, o Carbonarismo”. Pg 138 do mesmo livro de Monsenhor Delassus.

 

Esses inimigos ferozes da Igreja estariam atuando por dentro? A penetração desses inimigos seria a causa da autodemolição? A fumaça de Satanás seria representada por esses agentes? Apesar de não termos resposta objetiva para essas questões, que ela se encaixa na meta pretendida pela Alta Venda do Carbonarismo não resta dúvidas.


terça-feira, 3 de outubro de 2017

A Busca da Unidade
                Verificamos que a Igreja Católica não poupa esforços para acomodar todos os fieis conquanto tenham a mesma fé, os mesmos sacramentos, o mesmo regime e juntando-se em vários grupos unidos pela Hierarquia. Dado que existiu na História da Igreja Católica em Campos uma situação conflituosa, e dado que do conflito a Igreja sempre emerge, relatamos um outro tipo de conflito a que a Igreja enfrentou em sua História, para estabelecer analogias:
O Conclave iniciado em 30 de novembro de 1549, após a morte de Paulo III, foi certamente um dos mais dramáticos da História da Igreja. O cardeal inglês Reginald Pole (1500-1558) era apontado por todos como o grande favorito. Já haviam sido preparados seus paramentos pontifícios e ele já tinha mostrado para alguns seu discurso de agradecimento. Em 5 de dezembro, faltava-lhe apenas um voto para obter a tiara papal, quando o Cardeal Gian Pietro Carafa se levantou e, diante da assembleia surpreendida, o acusou publicamente de heresia, atribuindo-lhe, entre outras coisas, o fato de ter defendido a dupla justificação cripto-luterana, rejeitada pelo Concílio de Trento em 1547. Carafa era conhecido por sua integridade doutrinária e por sua piedade. Os sufrágios em favor de Pole desabaram e, após longas disputas, no dia 7 de fevereiro de 1550, foi eleito o cardeal Giovanni del Monte, que tomou o nome de Júlio III (1487-1555)[1].

            Assim, a História da Igreja está cheia de contradições, mas ressurge íntegra em sua unidade, mantida há vinte séculos.



[1] MATTEI, Roberto dePaulo IV e os hereges de seu  tempo .Disponivel: http://fratresinunum.com/2015/02/25/paulo-iv-e-os-hereges-de-seu-tempo/Acesso em: 23 jun. 2015.


terça-feira, 19 de abril de 2011

QUEM LANÇA AS MODAS?



MODA E REVOLUÇÃO CULTURAL.


Moda ou decadência?
Quem se deixa ser tocado por baratas, besouros e outros insetos que transmitem doenças, o faz por prazer ou há uma sociedade do horror que impõe este comportamento?
As modas surgem espontaneamente ou são impostas? Quem lança as novas tendências? Aquele que adere ao feio, ao ruim, ao amargo, aderirá a quê na próxima etapa do processo de decadência? Esta Revolução Cultural é uma ruptura com o modelo de sociedade cristã. Esta Revolução de natureza  ideológica tem origem no marxismo? Seria nova etapa do modelo comunista? A dialética marxista prevê que o processo não tem fim.  Estaria em gestação uma nova etapa de Revolução Cultural (que incluiria modas mais ousadas)? A adesão do jovem a este modelo de Revolução Cultural é ideológica ou é submissão a esta nova forma de escravidão?   



QUEM LANÇA AS MODAS?
 Ensina o Dr. Pl ínio Correa de Oliveira que o processo de Revolução se prolonga e se desdobra em todas as potências da alma, em todos os campos da cultura, em todos os domínios da ação do homem.[1] Daí a necessidade de manter um olhar interrogativo sobre o noticiário e tentar interpretar o modo como operam as etapas do processo.
Os brasileiros são pessoas intuitivas e se interrogam quando observam. Neste sentido se perguntam se existe algum efeito nivelador e igualitário no uso do blue jeans[2].  A atual imoralidade nos trajes femininos e a degradação no traje masculino são impulsionados por propagadores pagos colocados nas ruas?[3]
Perguntas neste sentido me fizeram deparar com o artigo  “É aqui que as modas nascem” de Erika Palomino na Revista Moda & Estilo, edição especial de Veja em maio de 2005.[4] 
Diz a Jornalista Erika Palomino que “engana-se quem pensa que os estilistas se trancam numa sala para se inspirar. Pelo contrário: eles olham para a rua, que é o berço de tudo”.  
Os estilistas e os(as) modelos estão entre os profissionais mais bem pagos do mundo. Eles atuam nas passarelas.  São pagos para vender idéias e tendências, não para vender produtos.  “Os desfiles vendem idéias explicitas do que vai parar nas ruas de forma contida”.[5]
Continua Erika Palomino: Onde começa a moda? Quem usa primeiro as peças mais diferentes, quem são os precursores das idéias que depois serão adotadas por todos – ou por muitos? Não são, isso é certo, os estilistas, do alto das passarelas. Nem as revistas especializadas. As ruas é que mandam, e nelas alguns personagens funcionam como lançadores de tendências e modismos. Não são famosos, necessariamente, mas é um tipo de gente que, dentro de seu grupo, tem carisma e personalidade suficientes para inventar e ser copiado”.
Aqui atua a intuição  do brasileiro: se modelos e estilistas são pagos para vender idéias, porque os personagens lançadores de tendências e modismos nas ruas atuariam gratuitamente?
A imoralidade, o efeito nivelador e igualitário das modas são impostos a uma opinião publica que enquanto  massa inerte se move por ação de um agente externo, conforme ensina a Igreja na pena do Papa Pio XII. A Revolução tem como a sua mais potente força propulsora, o dinamismo das paixões humanas e aí se encontra o empenho em desfigurar uma opinião publica que em sua maioria se declara católica. 
Revolução  nos costumes, Revolução na cultura.



[1] OLIVEIRA,Plinio Corrêa, Revolução e Contra-Revolução, Artpress Ind Grafica Editora Ltda, 2009, pg 20.  
[2] Revista Catolicismo, fevereiro de 2010, pg 20. 
[3] Revista Catolicismo, março de 2011, pg 39.
[5] MORITZ, Fabiana, Revista Criativa, Editora Globo, Março de 2008, pg 19.  

quarta-feira, 13 de abril de 2011

REALENGO TEM SOLUCÃO



Subitamente o órgão começa a tocar a marcha nupcial e as duas grandes portas se abrem. O zunzum cessa, o público que lota a igreja se levanta e volta-se para trás, curioso.
Com que aparência, como estará arranjada a noiva? É a curiosidade geral.
Ela aparece. Busca conter a emoção. Em sua despretensão jamais imaginou o impacto de estar de tal maneira em relevo. Uma toilette de refinado bom gosto, equilibrada e nobre, ilumina sua expressão fisionômica, dando-lhe uma aparência de porcelana. O todo emoldura um olhar que reflete maravilhosamente sua modéstia, sua educação esmerada, seu perfil moral de virgem católica.
O finíssimo e majestoso vestido, cuja alvura simboliza e glorifica sua intacta pureza, obedece a um modelo recatado e digno. Embala um conjunto de virtudes espirituais em possante desabrochar, faz dela naquele momento uma rainha, ainda quando sua condição social não seja nobre.
Está compenetrada de que vai assumir publicamente um compromisso de fidelidade heróica, que nem a ameaça de morte a levará a romper.
Consciente de que ao sair da igreja estará indissoluvelmente ligada ao seu esposo, e que, na presença de Deus, acabou de constituir uma nova família, da qual Deus também fará parte. Ela sabe que, dos filhos que vierem, os pais só formam o corpo; é Deus quem cria a alma — espiritual e imortal — de cada filho e a infunde no próprio ato da concepção. Assim, é no claustro materno que isso se realiza. Neste sentido, na esposa legítima e fiel, esse claustro constitui um verdadeiro lugar sagrado.
Por isso, ela quer seriamente dar esse passo para ter os filhos que Deus quiser lhe enviar, e considera uma honra cada vez que Deus assim o determine.
Por seu lado, o noivo compartilha dos mesmos princípios e sentimentos.
O sacerdote formaliza a cerimônia, certo de que está nascendo uma família sólida, durável, cheia de fidelidade e honra.
Evidentemente estou descrevendo um casamento antigo, e bem antigo!
Quem pode negar a maravilha de autenticidade, de elevação e de bênçãos que cobriam uma cerimônia nupcial de então?
A soma de tudo isso, sim, tornava proporcional que todos homenageassem o casal, usando trajes bonitos e manifestativos das mesmas características de virtude. Que a igreja estivesse ricamente engalanada, que os melhores músicos tocassem e os melhores corais cantassem, que o automóvel fosse especialmente solene, que houvesse um belo e apetitoso banquete etc.
Afinal algo de imensamente grande estava acontecendo: estava nascendo uma família católica!
Estava nascendo uma família que era um alicerce firme da sociedade brasileira, uma garantia de futuro para a nação, cujos membros multiplicariam os bons exemplos morais, religiosos e de atuação profissional.
Contudo as coisas já não são mais assim, infelizmente...
Chegamos a um estado de coisas em que os casamentos em sua grande maioria são efêmeros, rompem-se com a maior facilidade. Virou moda as mulheres serem comunitárias e descartáveis, como também os homens.
Estamos presenciando o fim da fidelidade, da honra e, portanto, do verdadeiro amor. Entende-se agora por amor uma paixão de novela que se apaga como quem apaga uma chama de fogão.
Graças a programas de TV, às modas desqualificadas, aos cafajestismos que se transformam em normas de vida, busca-se amor onde não há valores autênticos; na escassez dos filhos, animais substituem pessoas, o convívio familiar está virando coisa rara.
O mundo moderno praticamente matou a família.
Esta é a real explicação para fatos como o inominável assassinato de alunos ocorrido em Realengo, no Rio de Janeiro.
Nossa sociedade engendra pessoas assim. Esta é a triste realidade. Poucos atingirão esse extremo, mas um número crescente está a caminho, e alguns acabarão chegando até lá.
Para quem vê a realidade sob este prisma, causa indignação aparecerem propostas de soluções hipócritas como tirar as armas das pessoas de bem, para que não ocorram mais assassinatos. Tão hipócrita quanto pretender acabar com a AIDS propagando o uso dos preservativos, que propiciam a infidelidade e a fornicação.
É preciso mudar as pessoas, mudar seu comportamento; em uma palavra, é preciso conversão a Deus.
Que coerência há em chorar a morte dessas crianças e, por exemplo, ser favorável ao aborto, ele mesmo um assassinato?
Regenere-se a família católica, prestigie-se a virtude, formem-se sacerdotes dignos de sua missão, promova-se o verdadeiro amor de Deus e a observância de seus Mandamentos, que esses males se resolverão.
Enquanto isso não for feito, casos como o do Realengo serão inevitáveis.

quarta-feira, 16 de março de 2011

A vitoria da massa conduz o Estado democratico à tirania.

Povo ou Massa? Estado Democrático ou Tirania?  
PAPA PIO XII
A opinião pública brasileira toma decisões sobre temas que desconhece. As recentes eleições presidenciais são exemplos. A agenda imposta não satisfazia aos interesses da opinião católica. Momentaneamente a opinião católica impôs a sua agenda, aliás, descolada de amplos setores da Hierarquia, que permaneceu calada. Temas como o aborto no debate foi imposto pela reação de base. A existência de um agente externo que molda a opinião publica sem que haja debates de valores indica o modelo desejado. Como e porque uma opinião publica constituída de católicos se torna refém deste modelo? O Papa Pio XII na sua rádio-mensagem de Natal de 1944 ao conceituar povo e massa parece que explicita esta indagação.
O povo vive e move-se por vida própria enquanto a massa é em si mesma inerte e não pode mover-se senão por ação de um elemento externo. No povo o cidadão sente em si mesmo a consciência da sua personalidade, dos seus deveres, dos seus direitos, da sua liberdade conjugada com o respeito à liberdade e dignidade do próximo. O cidadão enxerga as desigualdades, decorrentes não do arbítrio, mas da própria natureza das coisas, desigualdades de cultura, de haveres, de posição social. A massa pode ser agitada como o mar revolto e é fácil presa da demagogia revolucionária, joguete nas mãos de quem quer que lhe explore os instintos e as impressões, pronta a seguir, sucessivamente, hoje esta, amanhã aquela bandeira. A massa pode ser manejada e utilizada, e disto pode também servir-se o Estado. Assim, o próprio Estado pode, com o apoio da massa reduzida a não ser mais do que uma simples máquina, impor o seu arbítrio à parte melhor do verdadeiro povo.
Isto explica porque na propaganda política e eleitoral o Estado impôs o seu candidato (a). A indiferença diante de programas televisivos, das telenovelas e dos Reality Shows, reflete também o estado da opinião católica. A Hierarquia se cala, silenciando seu dever de ensinar. E a massa humana (de católicos) vai sendo conduzida por um agente externo para um fim que ela desconhece. Mas o gigante tem pés de barro. Quando a massa se mostra desorientada, a ponto de seguir os passos que a mídia lhe indica, como agente externo que a modifica, desvinculada de valores morais e religiosos, a ação da Igreja deve se fazer sentir para conduzir esta massa a um reto caminho. “Vós sois o sal da terra” ou, “Vós sois a luz do mundo”, diz o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo no Sermão da Montanha. O sal que não salga não serve para nada. E a luz que não brilha, porque se esconde debaixo do alqueire e não se expõe à opinião pública, também não ilumina.  

segunda-feira, 7 de março de 2011

Inauguração da Imagem de São Salvador


A devoção ao Santíssimo Salvador em nossa Campos dos Goytacazes teve início na primeira metade do século XVII. A primeira igreja foi feita por iniciativa de moradores e não pelo Donatário Visconde de Asseca, conforme demonstram documentos disponíveis e divulgados na internet.
A inauguração em dezembro último da bela imagem do Santíssimo Salvador no ponto central do trevo da BR-101, próximo ao Shopping Estrada, revela o compromisso do Poder Público Municipal com a mentalidade religiosa dominante em nossa região. Revela também o discernimento da elite política do vínculo de nossa alma católica com os fundadores de nossa vocação religiosa. A  inauguração se deu durante os festejos do ultimo Natal, passando despercebido para um ou outro segmento da sociedade, devido a correria do período natalino, quando fatos importantes passam despercebidos. 
Uma ameaça pesa contra belas iniciativas como esta. No texto original do PNDH-3, alterado pelo Decreto nº 7.177, de 12 de maio de 2010, constava o impedimento a “ostentação de símbolos religiosos em estabelecimentos públicos da União”. Por pressão da opinião publica foi revogado este item. Mas o espírito da ideologia marxista de ódio à religião permanece no texto do PNDH-3. Uma revogação meramente periférica dentro do conjunto anticristão do Programa de Governo do PT. Quando o PNDH-3 diz que visa “instituir mecanismos que assegurem o livre exercício das diversas práticas religiosas”,  fica claro a intenção de ter a Igreja vigiada pelo Estado, pois hoje, sem estes “mecanismos”,  o livre exercício está assegurado por disposição da Constituição  Federal. Nossos direitos fundamentais ficam ameaçados com estes novos “mecanismos” de “liberdade religiosa” devido ao espírito anticristão no conjunto da obra politica anunciada pelo Governo. 

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Fatos históricos e versões

Fatos históricos e versões
Tendo sido novembro nomeado o Mês da Consciência Negra, com exposições, atividades culturais e práticas pedagógicas no município, estamos imersos num processo de desconstrução de nossa Historia. As “verdades” construídas pela versões de ONGs financiadas com o dinheiro público não coincidem com a nossa Historia real. Fugindo da versão oficial, sugerimos aprofundar o conhecimento da que apresentamos abaixo.    
“A bondosa Princesa Isabel foi substituída por Zumbi, um escravocrata
Zumbi dos Palmares tinha escravos. Por que então exaltá-lo?
Varias ONGs procuram mitificar a historia do Quilombo dos Palmares, apresentando-o como refúgio de liberdade do negro perseguido. A realidade histórica entretanto, difere bastante desta criação mítica. Na verdade o referido quilombo espalhava o terror, mesmo entre muitos negros. 
José  de Souza Martins denuncia a mistificação do Quilombo dos Palmares ao denunciar a existência de escravidão dentro dele: “Os escravos que se recusavam a fugir das fazendas e ir para os quilombos  eram capturados e convertidos em cativos dos quilombos. A luta de Palmares não era contra a iniqüidade desumanizadora da escravidão ”...[1]
Libertadora dos escravos, a Princesa Isabel era uma alma cristã e bondosa que aceitou sacrificar o trono em troca da libertação dos escravos. Após ter ela assinado a Lei Áurea, o Barão de Cotegipe vaticinou: “Vossa Alteza libertou uma raça, mas perdeu o trono”. Um ano e meio depois, o golpe militar de Deodoro derrubava a Monarquia. Ao seguir com sua família para o exílio, lembrando-se da profecia de Cotegipe, a Princesa declarou: “Mil tronos eu tivesse, mil tronos eu daria para libertar os escravos do Brasil”.[2]



[1] BARRETO, Nelson Ramos. A Revolução Quilombola. Editora Artpress- São Paulo. 2007. P.20.